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Diretor de Produção da Saneago é acusado de cobrar entre R$ 1,2 mil e R$ 2 mil por unidade habitacional aprovada e de liderar esquema de licitações que supera R$ 200 milhões
Marco Túlio, diretor de Produção da Saneago e filho da deputada federal Lêda Borges (PSDB-GO), está sendo investigado por suposto envolvimento em um esquema de corrupção relacionado à aprovação de empreendimentos imobiliários no entorno do Distrito Federal. De acordo com denúncias, o diretor teria cobrado valores entre R$ 1,2 mil e R$ 2 mil por unidade habitacional aprovada, beneficiando-se de sua posição dentro da empresa de saneamento.
Empresários da região de Valparaíso de Goiás afirmam que Marco Túlio exigia pagamentos em troca da liberação do documento conhecido como Análise de Viabilidade Técnica e Operacional (AVTO), que estabelece as condições para que empreendimentos sejam atendidos pelos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário. Segundo um dos empresários, os valores exigidos teriam aumentado no governo de Ronaldo Caiado, comparados aos cobrados em gestões anteriores.
A atuação de Marco Túlio tem gerado indignação entre os empresários locais, que apontam que o diretor estaria envolvido em um esquema que pode ultrapassar R$ 200 milhões em licitações, muitas delas para obras invisíveis, ou seja, sem execução concreta. Além disso, há relatos de que ele teria reconduzido à Saneago antigos funcionários envolvidos em escândalos durante o governo de Marconi Perillo (PSDB), como na Operação Decantação.
Diante dessas acusações, um dossiê elaborado por empresários foi encaminhado ao governador Ronaldo Caiado, bem como ao Ministério Público, solicitando investigações e providências sobre o caso.
A deputada Lêda Borges, mãe de Marco Túlio, ainda não se manifestou publicamente sobre as investigações que envolvem seu filho.