Estima-se que esta doença neurológica,
considerada rara, afeta de 3.500 a 7.000 pessoas no Brasil
A neuromielite óptica, doença neurológica considerada rara, ganhou espaço na imprensa, nos últimos dias, por causa de um acidente de trânsito, envolvendo uma vereadora de Curitiba-PR, que foi presa por suspeita de embriaguez ao volante. A parlamentar justificou, em suas redes sociais, que o quadro apresentado no momento do acidente era decorrente da doença neurológica.
A neurologista Aline Leite, do Instituto de Neurologia de Goiânia, pertencente à Kora Saúde, explica como essa doença se manifesta: “Na
neuromielite óptica, ou doença de Devic, há um comprometimento do nervo óptico
e da medula espinhal e, como consequência, os sintomas da doença são perda
visual, que pode levar à cegueira; alterações de força muscular; e
sensibilidade e comprometimento vesical e intestinal, com incontinência
urinária e fecal”.
De acordo com a neurologista, a neuromielite óptica é uma das
doenças neurológicas consideradas raras, assim como a síndrome de Tourette, a
doença de Huntington, a esclerose lateral amiotrófica (ELA) e a miastenia
gravis, entre outras. No mundo, a prevalência da doença é de 1,82 casos a cada
100.000 pessoas, e, no Brasil, estima-se que cerca de 3.500 a 7.000 indivíduos
são afetados.
Diagnóstico
O diagnóstico de neuromielite óptica é feito por meio de
ressonância magnética de coluna e de crânio/orbitas, além do exame de potencial
evocado visual, que demonstra alteração do nervo óptico. “Também é importante a
pesquisa de anticorpo antiaquaporina 4, já que esta é uma doença
desmielinizante do sistema nervoso central, afetando, predominantemente, as
regiões que contém a aquaporina 4”, explica a dra. Aline Leite.
Tratamento
Esta é uma doença que ocorre em surtos e, segundo a
neurologista, o tratamento é baseado na melhora dos sintomas neurológicos após
os surtos, com corticosteroides venosos, ou ainda, com troca plasmática
(plasmaférese). “Também há o tratamento de base, realizado com imunomoduladores
e imunossupressores, que visa evitar o aparecimento dos surtos”, destaca a
médica.
Sobre a Kora Saúde
Um dos maiores grupos hospitalares do país, a Kora Saúde possui
17 hospitais espalhados pelo Brasil e está presente no Espírito Santo (Rede
Meridional nas regiões de Cariacica, Vitória, Serra, Praia da Costa, em Vila
Velha, e São Mateus); Ceará (Rede OTO, todos em Fortaleza); Tocantins (Medical
Palmas e Santa Thereza na cidade de Palmas); Mato Grosso (Hospital São Mateus
em Cuiabá); Goiás (Instituto de Neurologia de Goiânia e Hospital Encore); e
Distrito Federal (Hospital Anchieta e Hospital São Francisco). O grupo possui
mais de 2 mil leitos no país e 11 mil colaboradores. A Kora Saúde oferece um
sistema de gestão inovador, parque tecnológico de ponta e alta qualidade
hospitalar, com o compromisso de praticar medicina de excelência em todas as
localidades onde está presente.