Número de refeições nos restaurantes comunitários cai e Liliane critica aumento

A vice-presidente da Câmara Legislativa, deputada distrital Liliane Roriz, criticou, em reportagem, o fato de o GDF ter aumentado o preço das refeições nos restaurantes comunitários, criado pelo pai da parlamentar, o ex-governador Joaquim Roriz

Foto: Leandro Souza.

Já tramita na Casa um projeto de decreto legislativo que pode sustar esse aumento. Enquanto isso não acontece, número de pessoas que comem no “Rorizão” caiu drasticamente.

O atendimento nos 13 restaurantes comunitários do GDF caiu pela metade depois que o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) aumentou o preço das refeições. A medida, que passou a valer em 1° de outubro, subiu de R$ 1 para R$ 3 o valor do prato. Desde então, a média de vendas diárias caiu de 29 mil refeições para 14 mil.

Um funcionário do Restaurante Comunitário da Estrutural que pediu para não ser identificado confirma a queda no movimento. “O nosso pico sempre ocorre nas sextas-feiras. Para se ter uma ideia, na última antes do aumento, vendemos quase 3,2 mil refeições. Nessa sexta (16/10), foram apenas 976.”

Ainda de acordo com a reportagem do portal de notícias, a justificativa do Executivo para a mudança é que, além do valor nunca ter sido reajustado, o custo de cada refeição é de R$ 6,75 — o que deixava R$ 5,75 para o GDF subsidiar. Para economizar, a opção foi dividir a conta: R$ 3 vão ser pagos pelos consumidores, e o restante (R$ 3,75), pelo governo.

Para a dona de casa Rosa Ferreira, 57 anos, quem sofre é a população. “Não posso mais vir todos os dias, como eu fazia. Quando estou sozinha, é mais fácil, mas com três filhos e marido, fica muito caro, impossível”, disse.

Na Câmara Legislativa, já tramita um projeto de decreto legislativo, de autoria de Liliane Roriz, para barrar o aumento nos restaurantes. “É lamentável que o governo tenha optado por isso. Poderia ter tirado de outras fontes, mas não sobrecarregar a classe mais pobre”, disse a parlamentar.

O primeiro restaurante comunitário do DF foi inaugurado em Samambaia, em 2001, no governo de Joaquim Roriz. O objetivo era garantir aos trabalhadores de baixa renda e à população em situação de vulnerabilidade social acesso a alimentação adequada a preço baixo. O valor de R$ 1 foi estipulado naquele ano e nunca havia sido reajustado.


Fonte: Redação.
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