A ação é uma das primeiras iniciativas do programa Cultivando Água Boa, da Usina Hidrelétrica Itaipu Binacional
Instituições ligadas ao meio ambiente se reuniram na sexta-feira (7) e no sábado (8) para estudar as principais características da Bacia do Rio Descoberto. O levantamento faz parte das primeiras ações do programa Cultivando Água Boa — iniciativa promovida desde 2003 pela Usina Hidrelétrica Itaipu Binacional e que está começando a ser implementada em Brasília.
Durante os dois dias, representantes dos governos de Brasília e de Goiás e de organizações não governamentais percorreram pontos da bacia para avaliar sistemas de captação de água e práticas sustentáveis.
O grupo detectou problemas graves relacionados ao uso irregular do solo. “Vimos que um dos pilares do trabalho terá de ser o combate a ocupações irregulares, que prejudicam a bacia”, explica o subsecretário de Água e Clima da Secretaria do Meio Ambiente, Sérgio Ribeiro. A bacia é um dos principais responsáveis pelo abastecimento da capital do País.
A partir da visita, começarão a ser desenvolvidos o planejamento e as frentes de ação do programa para Brasília e Entorno, além de iniciar o processo de criação do comitê gestor.
O programa
Em 29 de julho, o governador Rodrigo Rollemberg assinou o acordo de cooperação técnica com a Usina Hidrelétrica Itaipu Binacional para aderir ao programa Cultivando Água Boa. A iniciativa trata da água como tema central e busca, entre outras coisas, formas de recuperação de nascentes e de tratamento correto de resíduos sólidos. Além disso, tem o objetivo de promover a integração de políticas de saúde ligadas à água e incentivar práticas culturais relacionadas ao tema.
O programa já é desenvolvido nos 29 municípios da Bacia do Paraná 3 (região oeste do estado), onde vivem mais de 1 milhão de pessoas. O trabalho é contínuo e promovido com a integração dos governos local e federal.
Em Brasília, são parceiros do Cultivando Água Boa as Secretarias do Meio Ambiente; de Saúde; de Ciência, Tecnologia e Inovação; e de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. O Instituto Brasília Ambiental, a Agência Reguladora de Águas e Saneamento do Distrito Federal, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal e as administrações regionais do Lago Norte e de Brazlândia também fazem parte do grupo, que tem o apoio da Associação dos Produtores e Protetores da Bacia do Descoberto, da Fundação Banco do Brasil, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, do Ministério de Ciência e Tecnologia e Inovação, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e o Instituto Oca do Sol.
Fonte: Redação.