Foto: Mônica Salvador.
Os projetos e ações administrativas implementados em Goiás vêm garantindo a redução da evasão escolar e a elevação dos índices de aprendizado dos estudantes. O Estado está investindo em programas de valorização e reconhecimento do mérito dos profissionais da Educação, das escolas e dos estudantes; em extensão da oferta de Ensino Médio em tempo integral; além da infraestrutura.
Segundo Raquel Teixeira, titular da Secretaria de Educação, Cultura e Esportes (Seduce), é preciso reconhecer os avanços pelos quais o Estado passou, principalmente os programas de qualificação de professores, adotados na última década, e posteriormente, com estímulos estendidos aos alunos que obtêm bom desempenho em sala de aula.
“Em 1999, vivíamos em um cenário de baixo índice de qualificação dos professores. Apenas 32% deles possuíam um curso superior naquela época. Foi iniciado um programa de licenciatura plena parcelada, que conferiu a todos os professores a oportunidade de cursar a Universidade Estadual de Goiás (UEG), para se aprimorar. De lá para cá, o governo conseguiu proporcionar uma carreira sólida aos professores mais qualificados, inclusive criando ambientes propícios para colher hoje bons resultados, como os que obtivemos no último Ideb”, argumenta Raquel.
1º lugar no Ideb
Goiás ocupa a primeira colocação no Ensino Médio no último Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb ), atingindo 3,8. “O resultado de Goiás no Ideb, tanto no ensino fundamental quanto no médio, reflete essa continuidade de políticas adotadas ao longo dos anos. Temos muitos desafios ainda, apesar de sermos hoje o primeiro do Ideb. Mas estamos conseguindo manter o fluxo e o nível de aprendizagem. Isso significa que, apesar de se combater a evasão escolar, ainda foi mantido o bom nível de aprendizado de nossos alunos. Medir educação se faz com a qualificação dos professores, mas também com o que o aluno está aprendendo na outra ponta. Você precisa de professores bem formados por eles serem os mediadores desse processo de aprendizagem”, analisou.
Pacto pela Educação
Nos últimos quatro anos o Governo de Goiás propôs um Pacto pela Educação e alicerçou suas bases no reconhecimento do professor atuante na sala de aula; no reconhecimento do aluno que se destaca nas provas e avaliações diagnósticas retomadas para auxiliar na construção de indicadores para a Educação; e por fim, provendo a melhoria direta da infraestrutura das unidades escolares, ao realizar o repasse diretamente ao conselho escolar para que sejam realizadas as reformas emergenciais como reparação de telhado, parte hídrica, construção e cobertura de quadras esportivas, entre outros benefícios necessários para a melhoria do ambiente escolar.
Outra prioridade foi estabelecer um formato ideal de Escola de Tempo Integral, ampliando para Escolas Modelo, como o Lyceu de Goiânia, o estudo compartilhado com atividades lúdicas, esportivas e culturais, no contraturno do horário da educação formal. “Nossa intenção é ampliar a Escola de Tempo Integral durante esses próximos quatro anos, nos apropriando do que tem dado certo nos modelos já adotados, e aprimorando aquilo que precisa ser melhorado”, afirma.
Desafios à frente
A secretária Raquel Teixeira integra a comissão que está idealizando a Base Nacional Comum – um aprimoramento da unificação do currículo adotado pelo Ministério da Educação. Segundo Raquel, a Base Nacional deve ficar pronta em junho de 2016, e a sua implementação vai demandar inovação tecnológica, aliada à formação dos professores. “Essa é a nossa agenda para os próximos meses. Temos um plano nacional aprovado que define os rumos da Educação na próxima década. Estamos detalhando para cada ano de escolaridade o que a criança precisa saber sobre cada uma das áreas específicas, como Português, Matemática, etc. Países como Estados Unidos e Austrália já fizeram essa adaptação e saíram na frente. Estamos nos esforçando para conferirmos esse avanço ao cenário educacional brasileiro também”, explica.
Em fevereiro, a secretária e o vice-governador José Eliton Júnior participaram de um seminário nos Estados Unidos que discutiu as vantagens da base unificada. “Temos o grande desafio de aprimorar as tecnologias disponíveis. Para isso precisamos de uma base digital que ainda está sendo estruturada em Goiás. Vamos contar com os esforços da área de Ciência e Tecnologia para ampliarmos o acesso à banda larga. Vamos propor trabalhar junto à Universidade Federal de Goiás a rede de fibra ótica. Ou seja, ainda temos muito a avançar na nossa infraestrutura digital como um todo. E pretendemos começar pelas escolas. Ela tem uma capilaridade pelo Estado todo, aglutina estudantes e a família”, declarou.